Bob Dylan dispensa apresentações, espero pelo menos. O cara que lançou mais de 45 álbuns, numa carreira que vem desde 1962, promovida no inicio com ajuda da grandiosa Joan Baez e criticava seguidamente em suas letras problemas sociais, com um folk de protesto, que mais tarde sofreria uma transição que trataria de assuntos pessoais e fatos corriqueiros da vida. Seus maiores hits são incontáveis, mas podemos citar "Lay Lady Lay", "Mr. Tambourine Man", "Subterranean Homesick Blues", "Forever Young", "It's Alright Ma (I'm Only Bleeding)", "Ballad Of A Thin Man", "Like a Roling Stone", "Knockin' on Heaven's Door" e "Blowin' In The Wind", este último da época de protestos, sendo um hino do movimento dos direitos civis. Foi muito criticado quando deixou o violão de lado e se apegou a guitarra, mas não foi uma mudança concreta e definitiva. Na década de 70 houveram irregularidades, momentos de altos e baixos, além de a crítica avacalhar seguidamente esta fase. No final dos ano 70 houveram pesadas mudanças, Dylan se separou e ainda virou crente! ah foi mal, ele se converteu ao cristianismo, mas isso iria acabar logo logo, no início dos anos 80, voltando a suas raízes judaicas. A década de 80 é bem conceituada pela crítica e Dylan realmente vive um momento mais tranquilo, lança o disco Infidels que faz um sucesso legal, participa do We Are The World-ou Iarnuô, para quem for parente da Solange do BBB-, além de formar um supergroup, o Traveling Wilburys, com os amigos George Harrison, Tom Petty, além de Jeff Lynne e Roy Orbison. Na década de 90, ele dá uma tranquilizada na carreira, volta quase que completamente a suas raízes folk, some um pouco e ressurge com o Time Out Of Mind, disco muito aclamado por todos, além de confirmar sua consagração com Love and Theft. Bom, isso foi uma passada MUITO por cima sobre a carreira do cara, deixei muita coisa de fora, mas acho que deu para dar uma ajudada.
Já quanto ao disco, lançado em 1963, é o segundo de estúdio do cara, em que todas músicas foram compostas por ele, com ajuda de alguns compositores em uma ou outra. Ele gravou dois covers nesse disco, "Corrina, Corrina" e "Honey, Just Allow Me One More Chance", mas vale lembrar que Dylan as re-escreveu. "Blowin' in the Wind" e "Masters of War" são duas músicas de protesto que ficaram marcadas para sempre nesta fase de protestos de Dylan. "Girl from the North Country" é bela e simples, uma das "normais e incríveis" do cara, com uma baita letra. "A Hard Rain's a-Gonna Fall" e "I Shall Be Free" são outros sons grandiosíssimos que vale lembrar. O disco como um todo é muito bom, um clássico, segundo a Rolling Stone fica com o posto nº 97 dos 500 melhores álbuns de todos os tempos, mas, quem é essa revistinha? Prometo que essa é a última vez que cito ela aqui no blog. Baita disco, grandes composições, vale muito a pena.
Track list:
01 - Blowin' in the Wind
02 - Girl from the North Country
03 - Masters of War
04 - Down the Highway
05 - Bob Dylan's Blues
06 - A Hard Rain's a-Gonna Fall
07 - Don't Think Twice, It's All Right
08 - Bob Dylan's Dream
09 - Oxford Town
10 - Talkin' World War III Blues
11 - Corrina, Corrina
12 - Honey, Just Allow Me One More Chance
13 - I Shall Be Free
Músicos creditados:
Bob Dylan - Guitarra, harmônica, teclados e vocal
Bruce Langhorne e Howard Collins - Guitarra
Leonard Gaskin, Gene Ramey e George Barnes - Baixo
Herb Lovelle - Bateria
Dick Wellstood - Piano
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Tamanho: 68,04MB
Cena do filme “Vanilla Sky” que reproduz a capa do “The Freewheelin’ Bob Dylan”
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