segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Rory Gallagher - Deuce (1971)




Rory Gallagher é um guitarrista considerado Deus na Irlanda e por fãs de todo mundo, sendo juntamente ao Thin Lizzy e o U2, um dos maiores representantes do rock de seu país. Rory que era integrante do Taste, um power trio que é outra bela indicação, largou a banda e formou um outro power trio, mas sendo como carreira solo. Logo no primeiro disco o reconhecimento foi imenso e o cara durante toda sua carreira se manteve no topo, com um blues-rock pegado, viajando pelo folk, blues e jazz. Certamente um dos maiores guitarristas de todos os tempos. Quando eu era um piá cabação, achei dois discos dele aqui em casa e vendi, o Deuce e o Calling Card, algo que me arrependo demais, mas enfim, era uma criança que só conhecia e era cega por Ramones e Guns N' Roses, quem nunca passou por uma fase assim? Bem, continuando, a discografia inteira do cara tem pontos fortes, nunca ouvi comentários sobre o "disco comercial" ou "a decadência após a ascenção", o cara realmente era foda. Ele acabou morrendo por causa de uma infecção hospitalar em 1995 na Inglaterra, enquanto se recuperava de uma cirurgia no fígado, com 47 anos e deixando muitos fãs, uma carreira e histórias incríveis, além de colocar a Irlanda no mapa da música mundial. O estilo do cara lembra bastante Johnny Winter, ou seja, é um bluesman de mão cheia.

Deuce é um disco muito curioso, pois sendo adorador da energia de shows, Rory Gallagher valorizava muito seus fãs e a energia que corria pelos palcos. Então, ele decidiu gravar o disco como se fosse um show ao vivo, buscando capturar a energia das performances ao vivo sem sequer se utilizar de overdubs. O álbum foi então gravado como se fosse um show ao vivo no Tangerine Studios em Londres, sendo produzido pelo próprio Rory. Apesar de não possuir uma produção tão detalhada e bem feita como no disco anterior, há muitíssima energia e qualidade nesse disco. Johnny Marr dos Smiths até declarou que este disco fez ele decidir ser guitarrista.

"I'm Not Awake Yet" abre o disco em grande estilo, certamente uma das melhores músicas do cara, com uma melodia incrível e cheia de feeling, sendo acústica juntamente com "Don't Know Where I'm Going", uma baita faixa, onde Rory toca harmônica e mostra que o som acústico com ele soa tão incrível quando nas suas pancadas de guitarra elétrica. "Should've Learnt My Lesson" é um típico blues clássico. O discaço ainda conta com "Used to Be" e "In Your Town" dois rocks pegados e com slide em alguns momentos, mas falando em slide, "Crest of a Wave" é insuperável, até mesmo pela sua melodia muito marcante. "Maybe I Will" é uma bela faixa com uma bela letra, que confirma a genialidade de Rory como músico e compositor, que compôs todas as faixas do disco. Vale também citar "Whole Lot of People" com seu riff dedilhado magistralmente, uma melodia muito particular do cara, além de um vocal forte e marcante. Rory Gallagher faz de fato um som de bastante sentimento e pegada, com a mistura de blues, folk e jazz, que marcou o rock e certamente merecia muito mais reconhecimento.


Track list:
01 - "I'm Not Awake Yet"
02 - "Used to Be"
04 - "Maybe I Will"
05 - "Whole Lot of People"
06 - "In Your Town"
07 - "Should've Learnt My Lesson"
08 - "There's a Light"
09 - "Out of My Mind"
10 - "Crest of a Wave"
11 - "Persuasion" (Bônus da versão remasterizada de 1999)

Formação:
Rory Gallagher - Vocal, guitarra e harmônica
Gerry McAvoy - Baixo
Wilgar Campbell - Bateria e percussão


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Tamanho: 46,18MB


 
“Eu amo tocar para o povo. O público significa muito para mim. Não é uma coisa vazia. Eu amo gravar também, mas preciso de um contato regular e frequente com o público, porque ele me dá energia!!! “

Um comentário:

Anônimo disse...

O que há de mal nos Ramones? De qualquer forma, ótimo disco!